domingo, 28 de junho de 2020

O que será?


    O que será? 

Caído

Um ser limitado


     Um ser limitado
      Por que homens de almas e aspirações tão assimétricas vêm ao mundo? Se um vem para a desordem, por que outro é chamado a renunciar-se para pregar a Palavra e transmitir a Lei, se só os humildes o escutam? Se a mensagem não comove o que oprime, então para que pregar? Se o remédio não atinge o verme, então para que tomar? Se semeia e não nasce, então para que semear? Se “... eles não sabem o que fazem,” por que nós estamos aqui? Para sermos a caça e eles o caçador? Ou tudo isso é só porque tem que ser assim?

Por um instante


   Por um instante
Pelo início de uma nova contagem, volto a aspirar o renascer da fé e da esperança de que em cada um de nós e entre todos, vai reinar mais o coração que a razão, que o amor vai vigorar e prevalecer. Porém, apesar de estar em um tempo novo, quando aperto o olhar, vejo o mesmo mundo, oferecendo a mesma sobrevivência. Recolho-me, e acabo molhando o amanhecer, com medo da maldade, e da falta de pudor dos que se impõem sobre o bom senso e a razão.

O querer


   O querer
Todo ser que vai à busca, cedo ou tarde, sente a sensação da incapacidade e da limitação, fato este que lhe dar uma certa angústia por saber que o agora e o amanhã não dependem do seu querer; que o nascer, o viver e o morrer, são algo que está além das suas vontades. Inquieta-se e, diante disso, surge a ânsia de se completar e se fazer acontecer, e nessa busca, descobre sua insignificância – não no existir, mas no originar – então, diante de tanta dependência, sente o desejo de se libertar, mas ao se sentir tão restrito, brame contra Quem o criou.

Um parecer


     Um parecer
      Você só diz que fracassei porque a força do mal sempre parece ser mais forte, mas ser vitorioso neste sentido não significa nada. Pois a nossa existência aqui é para a aprendizagem da sensatez, não para disputar força e poder.

Imaturo


    Imaturo
 Quando começamos conhecer alguém, abre-se uma de duas possibilidades: admirá-lo ou repudiá-lo. Admirá-lo se no dia-a-dia for ele revelando princípios de honradez e espírito solidário. A admiração nos leva a buscar nele um ponto de apoio e a refletirmos sobre seus ensinamentos. Já a repudiação faz o caminho inverso, nos levando no mínimo à indiferença, à rejeição.
      Há processos educativos que confundem seus aprendizes; ensinam que devemos deixar de fazer coisas más apenas para não cairmos nas garras do anjo caído; e com isso, estamos perdendo uma grande oportunidade de agradar a Deus, pois deixamos de fazer por medo, não porque amamos o Criador. Pois há uma grande diferença entre: não praticar por temer e, não praticar por ser fiel ao seu Redentor. Portanto, quando alguém se encontrar fazendo coisas pecaminosas, não se justifique atribuindo isso às traquinagens do tentador, mas a si próprio, pois ainda és frágil e imaturo na fé no entendimento e no amor.

Avaliação


    Avaliação
     

      Quem me livrará deste corpo predestinado à morte?
      ... este estágio é indispensável a uma avaliação. Avaliação da capacidade de amar, de aceitar, de recusar, de absorver, de encharcar, de ser sim, de ser não, de ser cume, mas também porão; ser brisa, ser vendaval, ser fértil, ser vulcão. E só terá sucesso aquele que, à experimentação, sempre trilhou pelos caminhos da justiça, da empatia, e até sacrificou a razão com os apelos do coração.

     



Seguir


      Seguir
     Ao avançar o caminho, é necessário vencer os convites a desistir. E na peleja de alcançar o seu amanhã, é preciso levantar quantas vezes cair. E ao se erguer, há de ser cauteloso a quem dar a mão, pois o cansaço e o tombo embaçam a reflexão.
     Nessa retomada é necessário pausar e distinguir, sem isso, é mais um cambalear em vão. Pois é nessa busca sem precaução de obter o necessário à vida, que o descurvar da estrada pode nos mostrar o ponto fim, sem alcançar a bendita ou maldita porção.

Conclusão


     Conclusão
      Somos dotados de pretensões e desde cedo nos lançamos em busca de conquistas e de clarear conclusões, mas a cada passo que damos nos conscientizamos de que estamos abaixo de onde queremos está, ou aquém daquilo que pretendemos ser. E na busca de definir o que ainda nos é confuso, e na vontade de cravar o alvo desejado, buscamos caminhos que nos levem ao ponto fim da procura e da satisfação. Porém, muitas vezes, lá no fim, no alto do topo, contemplamos apenas, um horizonte que pode nos ser agradável, mas não o que nos satisfaria.